sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Exposição em excesso pode prejudicar crescimento profissional


Entre os colegas ele é conhecido como “garganta”: fala muito, procura aparecer mais que os outros colegas de trabalho e sempre tem as “melhores” opiniões, geralmente sobre tudo. Na hora de trabalhar, porém, ele não manda tão bem quanto na hora de falar. Quem não conhece ou conheceu alguém assim no ambiente de trabalho? A boa notícia é que, segundo especialistas, esse tipo de profissional tem espaço cada vez menor nas empresas.
Esse perfil sempre existiu graças à concentração de informações. Numa área comercial, por exemplo, existia um gerente ou um vendedor que guardava todas as informações. Era aquela pessoa que ‘arrotava conhecimento do mercado’ e ganhava plateia, exposição e credibilidade meramente pela oratória.
A internet e as redes sociais funcionam como combustível para esse profissional. Isso se agrava com os meios eletrônicos. Há casos de funcionários que postam opiniões sobre vários assuntos o dia todo no LinkedIn, no Facebook, no Twitter. Se a pessoa não tiver uma boa dose de bom senso, pega mal.
A internet também joga contra o funcionário mais “aparecido”. Com os sistemas eletrônicos, todos têm acesso às mesmas informações. A transparência faz com que esses profissionais, que antes tinham uma arma para falar e ninguém contestar, parassem de ganhar no grito.
Assim, a dica é parar, respirar e avaliar se o comportamento no escritório está atrapalhando o crescimento. Quem busca a exposição simplesmente pela exposição pode prejudicar a carreira. É como uma “carroça vazia”. Fala muito, faz barulho quando passa, mas o conteúdo é próximo de zero. Isso é percebido pelo chefe, pelos pares e pelos subordinados
Avaliações
Um caminho para avaliar se o comportamento está pegando mal são as chamadas “avaliações 360º”, nas quais chefes, colegas e subordinados relatam suas opiniões a respeito de uma pessoa. Caso a companhia não conte com esse recurso, a velha e boa conversa com um colega de trabalho mais chegado também vale. Se a pessoa desconfia ter esse comportamento, vale pedir ajuda para um amigo, um chefe… Essa abertura de comunicação é mais comum hoje em dia.
Identificado o problema, os especialistas recomendam que os profissionais busquem alternativas como o coaching profissional e tentem usar a facilidade com a comunicação – que é mais alta entre esses profissionais – de forma construtiva. A pessoa que se dispõe a falar e compartilhar o pensamento é pró-ativa, e isso é bom. A pior coisa é um indivíduo entrar numa reunião e não agregar nada.
O importante, dizem, é achar um meio termo. O profissional pró-ativo tende a ser mais valorizado. O que precisa é bom senso para dosar essa necessidade de exposição pessoal. Não é preciso fazer tanto barulho; ganha respeito e admiração quem sabe usar bons argumentos e o raciocínio.

Fonte: BRQuality / Via Ig Carreira

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