segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR - Mercado sem fronteiras



01 - Introdução


A finalidade deste trabalho é levar ao conhecimento dos empreendedores em geral, informações básicas sobre as atividades diretamente relacionadas à área de Comércio Exterior, utilizando uma linguagem objetiva que possa esclarecer as principais dúvidas e despertar o interesse daqueles que queiram participar ou ainda aumentar a sua participação no mercado internacional.


02 - Globalização


Para muitos, ainda se reveste de grande mistério e incertezas, os acordos que estão sendo firmados a nível mundial entre os grandes blocos econômicos, para a compra e venda dos mais variados produtos e serviços.




Não obstante os interesses políticos que envolvem a abertura dos mercados, promovendo uma ampla e permanente discussão técnica sobre as vantagens a serem pleiteadas nas inúmeras negociações e fusões que transformaram grupos de países em blocos econômicos, procurando evitar prejuízos para o mercado interno, a globalização é uma realidade e faz parte do dia a dia de cada um de nós, e independente de estarmos envolvidos direta ou indiretamente em qualquer operação comercial internacional, as mudanças e adaptações estão ocorrendo nos mais variados setores, envolvendo todos os segmentos de mercado, trazendo consequências positivas e negativas, como toda mudança, repercutindo em todas as atividades econômicas, desde a aquisição de matéria-prima, passando pela agricultura, indústria, comércio, serviços, até o consumidor final, exigindo um dinamismo de mudanças radicais nos conceitos e princípios administrativos e a adoção de novos critérios de planejamento, organização, direção e controle, que sejam contemplados com uma visão abrangente sobre o comportamento do mercado a nível mundial.




Na realidade, a globalização começou com a Revolução Industrial. Antes, o mercado internacional era dominado por aventureiros que vendiam sedas e especiarias. Com o crescimento dos empreendimentos industriais, foi necessário criar novas fontes de suprimento e mercados consumidores. O século XIX assistiu a uma grande expansão da atividade econômica, do comércio e das finanças internacionais. A especulação em bolsas de valores e as crises internacionais, tão familiares neste final de século, também surgiram nessa época. O processo de globalização foi interrompido na primeira metade do século XX em função das duas grandes guerras mundiais e da crise de 1929, que desorganizaram a economia. Assim, apesar da impressão de que o mundo entrou em uma nova era à partir dos anos 70, não há nada de novo.




Dois fatores básicos contribuíram para a aceleração do processo de globalização na última década. À partir da década de 70, a tecnologia permitiu uma revolução nas telecomunicações e na informática, o que resultou em mercados inter-conectados. O custo de uma chamada telefônica internacional caiu a 1% do que era há 50 anos. Isso significa que o processamento de informações ficou muito mais barato e facilitou a internacionalização. Do ponto de vista institucional, intensificou-se a abertura dos mercados financeiros. As nações ricas liberaram seus mercados financeiros, e os países em desenvolvimento, para não ficar de fora da internacionalização, também permitiram a entrada e a saída de recursos. O Brasil ingressou nesse processo há cerca de quinze anos.


03 - Mercosul


O Mercosul é pouco explorado por pequenas empresas. Uma boa saída pode ser a união de empresas de pequeno porte, com sede em países diferentes, e de atuação complementar.
As oportunidades oferecidas pelo mercado comum são conhecidas pela maioria dos pequenos e micro-empresários brasileiros. O interesse de inserir-se nesse mercado é evidente. Entretanto, poucos são os que têm explorado o Mercosul, usufruindo dos benefícios da integração regional do Cone Sul. Uma pesquisa feita pelo Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da Universidade de São Paulo, Nupri-USP, apontou que, dos 800 empresários brasileiros entrevistados, 86% acreditam que o Mercosul é benéfico para o Brasil, mas só 2% dos 400 microempresários que participaram da pesquisa fazem negócios com os países membros do Mercado Comum do Sul.
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Por: Laércio Vieira Pereira, consultor em comércio exterior

sábado, 16 de janeiro de 2010

MINISTÉRIO COBRA INCENTIVO FISCAL PARA OS EXPORTADORES


A queda histórica das exportações brasileiras em 2009 e a perspectiva de o superávit da balança comercial minguar ainda mais este ano deram munição extra ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para ampliar a pressão sobre o Ministério da Fazenda para acelerar a adoção de medidas pró-exportador.

Com a decisão do governo de renovar os incentivos concedidos na crise financeira por meio do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a agenda de medidas de ajuda ao setor exportador ficou em segundo plano, o que deixou numa saia-justa a equipe do ministério, que vinha prometendo “medidas horizontais” para enfrentar a perda de competitividade no mercado externo com o dólar mais barato e o cenário de retração da demanda mundial por causa da crise.

A cesta de medidas, proposta pelo ministério, começou a ser negociada em outubro com a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Mas 2009 terminou e nenhuma medida de peso chegou a sair do papel, o que ampliou o desgaste entre a equipe do Ministério da Fazenda e a área técnica do Desenvolvimento.

No início desta semana, o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, chegou a prometer “para os próximos dias” a ampliação do sistema de drawback (pelo qual as empresas têm suspensão de tributos na compra de matéria-prima nacional ou importada para produção de bens a serem exportados) e de novos regimes de isenção.

O mal-estar aumentou ontem, após a Fazenda divulgar nota oficial desmentindo informação de que o governo poderia ampliar a lista de produtos beneficiados pelo drawback. A nota diz que nos próximos dias deve sair uma portaria que apenas normatiza o uso dos incentivos já concedidos por duas leis aprovadas no ano passado.

Ao anunciar, na última segunda-feira, os dados da balança comercial de 2009, com a maior queda das exportações em 60 anos, Barral não escondeu a insatisfação com a lentidão da área econômica para adotar as medidas. Disse e repetiu que o País não pode continuar penalizando o setor com a tributação das exportações. E que desonerar as exportações era a parte que o governo poderia fazer para impedir que as empresas exportadoras perdessem ainda mais mercado em 2010.

Fonte: http://www.peabirus.com.br