sábado, 5 de março de 2011

A influência da música na sociedade


A música é a principal arte em todo o mundo. Desde tribos indígenas, até em grandes cidades, a música é em especial uma forte presença artística na cultura, seja qual for o gênero.
O feito de cantar ou escutar uma canção pode desencadear efeitos emocionais numa pessoa. Tristeza, alegria, nostalgia, raiva, muitos são os sentimentos que vêem aos ouvintes da música. Estes sentimentos, quando contidos em várias pessoas, podem gerar movimentos sociais. Como exemplo, os movimentos: punk, grunge, alternativo e emotivo (este, o mais popular no Brasil). Muitos movimentos buscavam, como meta, uma maior liberdade de expressão e uma melhor qualidade de vida na sociedade.
Portanto, a música pode ser considerada uma das artes que mais influenciam na sociedade. Por isso, muitas mídias optam pela monopolização do mercado fonográfico. Se há décadas era a censura a principal vilã, agora é a alienação, o controle do que vai ou não fazer sucesso. Isso somado ao descaso pela qualidade musical atual na sociedade brasileira, especialmente nas classes mais pobres, provocando um declínio cultural.
Ocorrendo o declínio cultural, ocorre juntamente o declínio da educação, com o declínio da educação, aumenta a facilidade de alienação. Situação perfeita para os políticos, burgueses e outros monopolizadores da nossa sociedade. É só observar em volta, liga o rádio e escuta o que está tocando, liga a TV no domingo e vê os grupos convidados para tocar nos programas, provavelmente não são grupos tocando canções com letras bem elaboradas e que falem sobre questões sociais, certo?
No Brasil, é predominante o movimento cultural emotivo. Isso porque são produzidas em exagero músicas que só falam de amor, isso é visto em todos os estilos. Não que falar de amor seja algo ruim, o problema é que as grandes emissoras só colocam obras com esse tipo de tema para tocar, parecendo até que estamos num filme de amor, onde tudo são flores.
A população tem que entender como é preciso uma melhoria na arte nacional, pois através dessa melhoria poderão ocorrer efeitos muito significativos na educação. Projetos sociais com o intuito de incentivar as crianças a trabalhar com a música e a arte em geral, especialmente nas favelas, facilidade ao acesso a instrumentos musicais, e entre outras ações que podem, juntas, modificar aos poucos a cultura da nossa sociedade, melhorando assim, a nossa qualidade de vida.


Nos últimos 60 anos, a música diversificou-se em vários, diversos estilos musicais ao gosto de cada um: Blues; Rock and Roll; Bossa Nova; M P B; Forró; Frevo; Pagode; Axé Music; Hip Hop; Samba; Pop Rock; Pop Romântico; Reggae; Funk, e vai por ai. E mais recentemente nos últimos 20 anos ramificou-se em novos gêneros, e em muitos deles não se define claramente os elementos básicos de harmonia, melodia e ritmo que expressam a identidade musical de cada gênero, sem o que, jamais vai se transformar em um flash-back ou arquivo musical.
Nos dias atuais, todo baladeiro já se pegou no meio da festa pensando: “ ei, eu conheço esse vocal! ” ou “ eu conheço esse sample! ”. É a fórmula infalível dos remixes de músicas antigas!
Agora a onda é outra. Nem clássicos dos anos 70, nem hits dos anos 80 ou 90, e nem os artistas do começo de 2000 escapam das novas “roupagens”, especialmente em baladas onde toca muito house. A galera está na pista, delirando com as batidas, e de repente vem o golpe de misericórdia: aquele vocal famosíssimo, pra todo mundo cantar junto. Os baladeiros vão à loucura!




Todo clubber que se preza vai gostar da música pela sua qualidade como um todo. Se você está numa rave, numa balada mais underground ou até de psy, nem se dê ao trabalho de buscar algo com um vocal clássico daquele hit que cresceu junto com você, porque com certeza não é isso que importa nesse tipo de festa.
As vertentes da house-music formam os estilos para mesclar com os samples e vozes das músicas antigas, devido à riqueza das suas melodias e possibilidades infinitas de ritmos. Com a atual onda de electro-house, está simplesmente chovendo remixes de antigos clássicos! O electro-house está em cena já há um bom tempo e é um gênero em decadência e suas novas versões devem sumir.
Nos anos 70, 80, 90, uma música estoura e faz toda uma geração de baladeiros cair na pista. E aí, mais de 20, 30 anos depois, essa música volta, totalmente renovada, e agitando toda uma nova geração. É um poder que só um hit antigo tem, e uma força que hoje em dia música nenhuma possui.
E quem nós temos para representar a nova geração? Podemos citar vários nomes de alguns que chegaram bem perto de virar uma lenda. Ninguém vai ser tão marcante como os antigos. Hoje em dia, as pessoas vivem num mundo frenético, onde não existe mais tempo e nem espaço para transformar uma música num clássico eterno.
Grande parte da música que vende atualmente é “enlatada”, como um grande fast-food, pronta, descartável e sem uma identidade expressiva, sem história, e a melhor solução é exatamente esta: remixar quem fez história. E aí esse remix vai tocar e tocar de novo num loop absurdo, até o próximo enlatado pseudo-novo surgir, e assim por diante.
Quem disse que só existe conflito de gerações? Aquela situação clássica do filho adolescente questionar e contrariar os pais (a geração imediatamente anterior, aliás) não é a única situação possível.
Os jovens de hoje não foram procurar orientação na geração imediatamente anterior, de seus pais (que foram jovens nos anos 1980/90). No lugar disso, tomam um homem que poderia ser seu avô como modelo de comportamento.
Algo muito parecido ocorre nos cenários musicais. Muitos jovens preferem ouvir os clássicos de várias décadas atrás (que seus avós ouviam!), fugindo da produção atual.
Se há 40/50 anos ser roqueiro era ser "moderno", hoje em dia essa prática cultural ganha ares de "ser das antigas", de "ser retrô":
A interação entre gerações cria um jogo em que ora ganha a inovação e ora ganha o conservadorismo. Essa tensão é, contudo, vital para a evolução sadia de toda cultura, pois gera condições para que as melhores práticas sejam selecionadas pelo meio.
Quem disse que inovar sempre é bom? Eu diria que é, contanto que visitemos regularmente os clássicos das gerações passadas, para não perdermos de vista coisas boas que devem ser conservadas... (e não estou falando apenas de música).

Adaptação: Laércio Vieira Pereira
Fonte: http://welikeitloud.wordpress.com

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