domingo, 20 de setembro de 2009

A Hipocrisia camuflada na gestão empresarial

Existe uma tendência que parece ser crescente nas empresas atualmente, talvez o termo correto não seja hipocrisia, pois não se trata de um fingimento ou uma falsidade, mas sim daquele desejo que a grande maioria tem, mesmo que inconsciente de ser enganado a qualquer instante.

Há pouco tempo, trabalhei administrando negócios financeiros de uma organização, que embora citasse na sua missão tornar-se a melhor empresa para se trabalhar e mantivesse na lista de valores da sua diretoria o item “Valorização do Ser Humano”, não possuia sequer um plano de carreira ou uma política clara e adequada de cargos e salários, nenhum plano ou qualquer reconhecimento por metas atingidas. Muito pelo contrário, remunerava mal seus colaboradores, não oferecia nenhum tipo de benefício extra-CCT, nomeava funcionários sem competência mas amigo de diretoria para cargos gerenciais, avaliava indevidamente o desempenho funcional e a organização perdia oportunidades de aproveitamento de excelentes profissionais.

Atitudes desse tipo na administração dos recursos humanos, inclusive o costume formal de exigir superior completo para a maioria dos cargos administrativos, ao invés do pleno domínio de conhecimento técnico e prático, pautando-se quase que exclusivamente em documentos comprobatórios e não em resultados efetivos, demonstram uma verdadeira vocação de quem adora ser enganado.

Essa política adotada por algumas empresas, ou melhor, essa falta de política, aliada em grande parte até mesmo à própria incapacidade do elemento inicial recrutador, criam um clima propício para que fiquem no quadro de colaboradores somente aqueles profissionais acomodados, sem iniciativa, que não possuem qualquer tipo de ambição e na maioria das vezes nem a qualificação adequada para a função que exercem.

Vivemos um momento ilusório em relação ao tema qualificação profissional, com exigências muitas vezes exageradas e descabidas para a função, aumentando a rotatividade de colaboradores na organização e resultando em produtos ou serviços sem qualidade, já que a maior parte da equipe estará sempre em processo de aprendizagem.

Conhecimento

Toda e qualquer empresa, seja de que segmento for, bens, produtos, serviços, independente do seu porte, têm uma mercadoria caríssima em sua prateleira e poucos, raros são os seus proprietários que se dão conta, que é justamente o "CONHECIMENTO", qual seja, o seu próprio, aquele dos seus colaboradores mais experientes, aquele de eventuais candidatos a vagas e que já trazem na bagagem este valor, que pode ser agregado aos projetos de expansão da empresa em com a rapidez, segurança e objetividade que o mercado atual exige dada a velocidade com que a economia e as informações se expandem a níveis mundiais, além da dinâmica das normas e legislações pertinentes a cada atividade, enfim, o discernimento para a execução, a boa percepção, a iniciativa para ir além de um único objetivo e buscar soluções alternativas e a decisão gerencial correta.

O colaborador deve ser um persistente nato, leva sempre consigo uma determinação e fixação por aprender cada vez mais, está sempre procurando superar seus próprios limites, domina plenamente todos os procedimentos para a sua função e sempre vai além, quando recebe uma tarefa não enxerga a sua conclusão apenas como um limite, como um ponto final, procura superar as expectativas, demonstra iniciativa e busca novas ações.

Fonte/Colaboração: Denis Sasso, Administrador de Empresas

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