quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Economia Internacional

 

Economia Internacional  é o nome dado ao fenômeno que estrutura a cooperação entre países, num sistema de interdependência entre as várias áreas onde a Economia Mundial influencia a política, o comércio, a saúde, as populações, a sociedade e o meio ambiente, entre outros fatores fundamentais para o ser humano contemporâneo. Desse modo, tal assunto ultrapassa as fronteiras da Economia convencional, com suas tradicionais ligações com o Comércio e Finanças Internacionais. Faz-se necessário aqui também a abordagem por meio de um espírito crítico na análise dos principais temas da atualidade.

Didaticamente, a Economia Internacional é enquadrada como parte dos estudos de Ciência Política  e Relações Internacionais. Seu principal objetivo será o estudo da estruturação das relações econômicas globais, enfatizando a importância do conceito de cooperação entre nações, surgido com a constituição do Estado Nacional Moderno e seus conflitos por definição de fronteiras, despertando assim, o fenômeno do interesse nas trocas comerciais. A cooperação entre Estados é também esboçada pouco depois, como por exemplo nos estudos desenvolvidos por David Ricardo no século XIX, que já fazia menção ao sentido cooperativo de união entre os povos, buscando a união, para a conquista de avanços conjuntos comuns.

O processo de atuação dos países no sistema econômico internacional vincula-se às relações de compra e venda de mercadorias, não se tratando necessariamente de excedentes, onde põe-se a necessidade, para todas as nações, de obter divisas, garantindo desse modo os bens de primeira necessidade, indispensáveis ao abastecimento interno. Ao mesmo tempo, temos a indústria local buscando a venda de suas mercadorias.

Com o intuito de obter uma situação superavitária ou ao menos de um certo equilíbrio, tais variáveis devem ser administradas pelos agentes políticos e econômicos, de modo que a economia, bem como a sociedade a qual esta se faz subordinada disfrutem de estabilidade plena.

É natural que em tal sistema haja desencontros, e desses desencontros ocorra o desequilíbrio, bem como as irregularidades como o dumping, por exemplo, onde determinado país barateia de modo tão drástico certa mercadoria, impedindo qualquer concorrência de outros países que a produzam. Outro problema encontrado no cenário econômico mundial é o do protecionismo, no qual um país subvenciona determinado produto para que este tenha condições de concorrer com seu similar internacional, problema com o qual o Brasil se depara há tempos, pois reivindica o fim das subvenções de vários produtos agrícolas por parte da União Europeia.

Sob outra ótica, o protecionismo é às vezes defendido e encorajado, como o foi no início dos anos 50 por vários economistas que acreditavam que a melhor forma de a América Latina obter um desenvolvimento econômico seria através do protecionismo de sua indústria, nascente àquela época.

É certo que o encontro de um equilíbrio no comércio entre as nações depende de inúmeros fatores, e a conciliação entre fatores internos e externos são muitas vezes complexos, o que nem sempre permite que todas as nações usufruam de uma situação positiva em suas relações de comércio com o exterior.

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Laércio Vieira Pereira, Consultor Em Comércio Exterior

Introdução à Economia Internacional 


Taxa de câmbio é a relação entre o valor de duas unidades monetárias, indicando o preço em termos monetários nacionais da divisa estrangeira correspondente.

Balança de Pagamentos é o registro contábil de todas as transações econômicas - financeiras de um país com outros do mundo. 

Compreende duas contas principais: a conta corrente ( movimento de mercadorias e serviços ) e o movimento de capitais ( deslocamento de moeda, créditos e títulos representativos de investimentos ). É feita pelo Banco Central, uma vez que este é o órgão responsável por gerir as reservas do país, sendo apresentada anualmente.

O saldo da Balança de Pagamentos em transações correntes indica se o país exporta ou se ele importa capitais. O saldo positivo indica exportação, o negativo indica importação.

O Balanço de Pagamentos pode ser superavitário, deficitário ou equilibrado. Quando superavitário a quantidade de divisas que entraram durante o ano foram superiores à quantidade que saiu, aumentando as reservas do país. Quando deficitário ocorre o inverso, e quando equilibrado a quantidade de divisas que saíram é igual as que entraram, mantendo o nível de reservas do país estável.

 
O ajuste do Balanço de Pagamentos se dá por desvalorizações reais da taxa de câmbio; redução do nível de atividade econômica ( ajuste anti-econômico ); restrições tarifárias às importações; subsídios às exportações; aumento da taxa interna de juros e controle da saída de capitais e rendimentos para o exterior.

A estrutura de um Balanço de Pagamentos é a seguinte:

  1. Balança Comercial ( A - B )
A - Exportações
B - Importações
2 - Balança de Serviços
*fretes
*seguros
*viagens internacionais
*royalties
*remessa de lucros
*juros
*outros serviços
3 - Transferências Unilaterais
4 - Transações correntes ( 1 + 2 + 3 )
5 - Movimento de Capitais
*amortizações
*investimentos
*empréstimos
*outros
6 - Erros e omissões
7 - Saldo do Balanço ( 4 + 5 + 6 )

Laércio Vieira Pereira, Consultor Em Comércio Exterior  

O que falta para a economia global deslanchar em 2015

 

A economia global continua sem decolar. O Fundo Monetário Internacional (FMI), que em janeiro 2014 previu uma forte recuperação global, foi moderando seu otimismo ao longo do ano.
Em seu último relatório, o órgão reduziu sua previsão para o crescimento global em 2014 para 3,3% (0,4% a menos que em abril) e 3,8% em 2015.

O mercado, no entanto, é mais pessimista. O banco de investimentos americano Goldman Sachs prevê que a economia mundial tenha crescido 3% em 2014 e vá crescer 3,4% neste ano. A Economist Intelligence Unit (EIU), consultoria ligada à revista britânica The Economist, calcula a taxa de crescimento de 2,2%, em 2014, e 2,9%, em 2015.


"Na comparação com a crise financeira de 2008, o cenário para 2015 não é encorajador", disse à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Mike Jakeman, analista EIU Global.


"A realidade é que estamos começando este ano com a mesma pergunta que fizemos em 2013 e 2014: a economia global vai decolar este ano, ou não?", diz ele.

Petróleo

 

Uma diferença em relação aos anos anteriores é que 2015 começa com o preço do barril de petróleo valendo quase a metade do verificado em 2014.

Em meados de dezembro o preço do barril caiu para baixo dos US$ 65 (R$ 170) e, de acordo com muitos analistas, poderia cair para US$ 50 (R$ 135) já no primeiro semestre de 2015.

O cenário é desalentador para os exportadores da matéria-prima, como Rússia, Equador e Venezuela, para as ações das petroleiras e para os balanços dos bancos expostos a essas empresas. Mas por todo o mundo o efeito tende a ser positivo.

Nos anos 70 e 80, o preço elevado do petróleo produziu crises globais. No final do século 20 e começo do 21, com o petróleo a níveis baixos, a economia mundial cresceu. É desejável, portanto, o preço da commodity se mantenha próximo dos níveis atuais, dizem analistas.

Mas o petróleo não é a solução de todos os problemas: o crescimento da economia global não depende apenas de seu preço.


"Calculamos que para cada 10 centavos a menos no preço do petróleo, a economia mundial cresce 0,1%. Se o valor do barril se mantiver a esse nível, o impacto na economia será de 0,3%. É um fator positivo, mas não resolve todos os problemas econômicos globais. Mesmo em uma zona de livre comércio como a União Europeia, pode ter um efeito deflacionário contraproducente", disse Jakeman BBC Mundo.

Europa


Os países da União Europeia (UE) que usam o euro como moeda única são parte da solução para a economia retomar o crescimento neste ano. O ideal para a recuperação econômica global é que o bloco saia de uma vez por todas da crise.

Em 2014, a zona do euro evitou a recessão. Mas, em novembro, a própria Comissão Europeia baixou as previsões de crescimento para 2015 de 1,7% para 1,1%.

Um dos maiores perigos que o bloco enfrenta é a deflação, quando a população para de consumir à espera de preços mais baixos, levando à quebra de empresas e ao desemprego.
  
Crescimento da economia global depende de retomada da zona do euro 
 
A zona do euro está praticando a menor taxa de juros de sua história (0,2%) e começou lentamente um processo de flexibilização da política monetária, por meio do qual imprime dinheiro diariamente para prover liquidez ao mercado e estimular o consumo. No entanto, nada parece funcionar.

"Nesse sentido, o preço mais baixo do petróleo tem um efeito colateral, porque vai contribuir para a deflação de preços. E ninguém sabe o impacto que terá uma emissão monetária porque, ao contrário dos EUA, a medida não foi levada com a escala e a velocidade necessárias", avalia Jakeman.

Some-se às incertezas econômicas a imprevisibilidade política.

As eleições antecipadas na Grécia, que serão realizadas no final de janeiro, podem dar vitória à coligação de esquerda Syriza, que é contra a austeridade fiscal. Analistas temem que se tal cenário se confirmar, o país tem grandes chances de abandonar o euro.

"A Syriza pode até não querer abandonar a moeda comum, mas seu programa econômico é incompatível com a ordem dominante na zona do euro. Além disso, 2015 é um ano de eleições em vários países da União Europeia, o que pode dar origem a governos instáveis", assinala Jakeman.

Além de eleições em dois países periféricos da zona do euro, como Portugal e Espanha, há o temor de que outras nações que usam a moeda comum, porém mais fortes economicamente também possam vir a deixar o bloco.

Estados Unidos

 

Ao contrário da União Europeia, os Estados Unidos estão se recuperando a um ritmo mais rápido.

No segundo e terceiro trimestres de 2014, o país cresceu 4,6% e 3,5%, respectivamente. A economia mundial se beneficiaria de uma repetição deste desempenho em 2015.

A criação de dezenas de milhares de empregos tem sido crucial para a economia americana, cujo desempenho tem implicações globais.

"Acreditamos que a economia americana vá continuar a crescer a este ritmo. A cada mês dos últimos dez meses, os Estados Unidos criaram mais de 200 mil postos de trabalho. Isso é muito importante para uma economia em que o consumo interno responde por 70% do PIB", diz Jakeman.

O maior otimismo econômico fez com que o governo americano encerrasse em 2014 o programa de afrouxamento monetário ("quantitative easing" ou simplesmente "QE", em inglês) iniciado logo após a crise financeira de 2008 com a quebra do banco Lehman Brothers.

Como de praxe, a retomada da economia dos Estados Unidos tende a produzir forte impacto nos países em desenvolvimento. Afinal, quando a "América espirra, o mundo pega um resfriado".

O Brasil foi, por exemplo, um dos primeiros a sentir os efeitos colaterais da recuperação da economia americana. A divisa brasileira, o real, caiu 40% em relação ao dólar nos últimos seis meses.

"A valorização do dólar vai continuar, porque a expectativa é de que o Banco Central americano aumente as taxas de juros em 2015. Com isso, os investidores tendem se desfazer de seus ativos nos países emergentes e voltar com força aos Estados Unidos. Esse redirecionamento de recursos deverá afetar o valor da moeda desses países como vimos há dois anos", explica Jakeman.

"Não acredito que haverá um caos financeiro porque esse processo vem acontecendo de forma gradual", acrescenta.

China e América Latina

 

Com o Japão em recessão, a China estabeleceu-se como a segunda maior economia do mundo. Ao mesmo tempo, o país asiático mudou seu modelo de crescimento, antes voltado exclusivamente para as exportações. Hoje, a relação já é mais equilibrada e as vendas externas já rivalizam com o consumo interno.

No entanto, alguns analistas temem um "pouso emergencial", com uma eventual queda de mais de três pontos porcentuais no PIB chinês, o que geraria fortes tensões políticas e econômicas.

De acordo com essa visão, excessivos estímulos governamentais aplicados após a crise de 2008 geraram dívidas bancária e imobiliária insustentáveis, que devem, por sua vez, desencadear um ciclo de falências, equivalente à crise do "subprime" nos Estados Unidos em 2007-2008.

De acordo com John Ross, economista sênior do Instituto Chongyang da Universidade Renmin, em Pequim, essa hipótese não leva em conta o real funcionamento do sistema financeiro chinês.

"Trata-se de um sistema financeiro estatal. O setor estatal está emprestando ao setor estatal: ele é tanto devedor quanto credor. A realidade é que há 20 anos se anuncia um colapso da economia chinesa e isso não acontece. A discussão hoje na China é se o país vai crescer 7,5% ou 7%. Uma crise está descartada", disse Ross à BBC.

Boa notícia para os países latino-americanos que cresceram na última década graças à venda de matérias-primas à China e à onda de investimento estrangeiro chinês.


Embora tenham caído nos últimos meses, os preços das commodities ainda se encontram em um nível elevado.

Segundo a CEPAL, a economia da América Latina vai crescer neste ano o dobro de 2014, passando de 1,1% para 2,2%.

A EIU, da Economist, é ligeiramente mais otimista em sua estimativa (2,6%), indicando que a região terá de intensificar o uso de alternativas econômicas para compensar as novas condições internacionais.

"A América Latina deve estimular mais o consumo doméstico para fazer frente tanto à queda do preço das commodities quanto à subida dos juros nos Estados Unidos”, conclui Jakeman.

Fonte: BBC Brasil
Laércio Vieira Pereira, Consultor Em Comércio Exterior

Alta dos juros nos EUA gera mais risco para Brasil, Rússia e Turquia, diz Moody's

 

A elevação dos juros nos Estados Unidos, que pode ser anunciada nesta quinta-feira, 17, pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), deve causar volatilidade nos países emergentes, mas o impacto deve variar. Brasil, Rússia, Turquia e, em menor extensão, a África do Sul são os mercados mais em risco, de acordo com um avaliação da Moody's Investors Service publicada nesta quarta-feira, 16. 

Estes quatro países têm mostrado "duros desafios" internos, que têm contribuído para gerar instabilidade no mercado financeiro doméstico e depreciação das moedas. Com um cenário interno mais adverso, os governos desses países têm tido menos espaço para políticas que protejam o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para absorver choques externos, destaca a análise da Moody's, assinada pelo vice-presidente sênior, Steven Hess, e pela analista de riscos soberanos Anne Van Praagh.

Pelo lado positivo, a Moody's destaca que alguns emergentes estão com volume elevado de reservas internacionais e conseguiram melhorar outros indicadores econômicos nos últimos anos. Por isso, em certos países, uma combinação de colchões de proteção e vigilância alta dos governos tem a capacidade de limitar um eventual impacto negativo no crédito soberano.

A Moody's destaca que os ativos de alguns emergentes já embutem parte de uma elevação de juros nos EUA, sobretudo as moedas, que tiveram forte valorização desde o começo do ano. Brasil, Turquia, Rússia, África do Sul, México e Indonésia foram os países que tiveram as maiores desvalorizações das moedas este ano, com uma queda média de 17%. Os analistas da Moody's ressaltam, porém, que além da expectativa de elevação dos juros pelo Fed a queda das divisas de alguns países também foi afetada por fatores domésticos, como a situação política complicada no Brasil, e por preocupações com a desaceleração da China.

A elevação dos juros nos EUA pode influenciar os movimentos internacionais de capitais e provocar volatilidade no mercado financeiro, mesmo já sendo uma ação esperada e tendo sido parcialmente precificada nos ativos, afirma o documento. A Moody's, porém, minimiza a possibilidade de reações abruptas e desordenadas no processo de realocação das carteiras dos agentes. Os riscos são baixos, de acordo com o relatório.

Para os países desenvolvidos, um aumento de 0,25 ponto nos juros dos EUA não deve ter maiores consequências, nem para as moedas nem para os juros, ressalta o relatório, destacando que a taxa maior nos EUA é uma evidência de "força" da economia norte-americana.

Fonte:
Laércio Vieira Pereira, Consultor Em Comércio Exterior

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O complexo santista e o apoio às plataformas offshore

Atividade passou a ser feita no complexo marítimo nos últimos anos

O Porto de Santos é conhecido por realizar diversos tipos de operações e as de apoio às plataformas offshore (termo de significa fora da costa) estão entre elas. Esse tipo de atividade passou a ser feita no complexo marítimo nos últimos anos, com o início da exploração das reservas de petróleo na camada do pré-sal na Bacia de Santos.

Com essa nova demanda, a Petrobras e outras companhias petrolíferas precisavam de áreas em portos locais – no caso, em Santos – para operar os barcos utilizados nas plataformas. Era necessário espaço para o embarque e o desembarque de peças, resíduos, água e óleo vindos ou levados dessas instalações oceânicas.

Como no complexo santista, as companhias petrolíferas não conseguiram arrendar áreas para essas atividades, a saída foi sublocar berços (pontos de atracação) nos terminais existentes, que passaram a operar como bases de apoio. Entre as empresas que já realizaram esse serviço, estão a Bandeirantes Logística, na região de Outeirinhos e, nos últimos anos, o Ecoporto Santos, no Cais do Valongo, ambos na Margem Direita do complexo.

Atualmente, nenhuma delas realiza mais esse tipo de operação. Em Santos, o atendimento às reservas do pré-sal se limita às atividades do terminal da multinacional italiana Saipem, localizado na entrada do canal de navegação, no Complexo Industrial Naval de Guarujá. No local, ocorre principalmente a montagem das tubulações que ligam as reservas às plataformas e o embarque dessas peças em navios de suprimentos, que as levam até às instalações offshore.

Apesar da crise econômica que o Brasil enfrenta, está sendo investido mais nesse tipo serviço. Prova disso é que a Petrobras mantém um programa de construção de novos navios de apoio. A companhia chegou a encomendar 17 embarcações desse tipo para a operadora logística Brasil Supply, apenas para citar um exemplo. Desse total, seis já foram entregues, três foram lançadas nas últimas semanas e oito estão em fase adiantada de construção.

Desses barcos, alguns passarão pelo cais santista, já que o complexo atende à Bacia de Santos, que é à maior bacia sedimentar offshore do País,com uma área total de mais de 350 mil quilômetros quadrados, se estendendo de Cabo Frio (RJ) a Florianópolis (SC).


Fonte: A Tribuna 
Laércio Vieira Pereira, Consultor Em Comércio Exterior

Soja e automóveis impulsionam superávit comercial do PR em agosto

 

A reação das exportações de soja em grão e os embarques de carnes e de automóveis impulsionaram o superávit da balança comercial do Paraná em agosto. No mês passado, as exportações somaram US$ 1,42 bilhão e as importações, US$ 1,02 bilhão, o que resultou em um superávit de US$ 395,6 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

O Paraná respondeu por 14% do superávit nacional no período, de US$ 2,69 bilhões. No acumulado do ano, o superávit paranaense somou US$ 1,52 bilhão – o que representou 20,8% do resultado nacional.

No mês passado, as exportações de soja cresceram 22,8% em relação ao mesmo período do ano passado, para US$ 336,58 milhões. Depois de uma comercialização mais lenta da safra, as cooperativas retomaram a venda, com a alta mais acentuada do dólar. “Foi um movimento atípico nesse ano. Mas, com o câmbio favorável, a venda da soja que ainda está estocada deve ganhar velocidade e gerar um volume mais elevado de exportações também em setembro”, diz Julio Suzuki Junior, diretor-presidente do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social).

Principal item da pauta de exportações do Paraná, a soja em grão respondeu, sozinha, por 23% do valor embarcado em agosto desse ano. No mesmo mês do ano passado, essa participação estava em 18%.

A maior alta, contudo, veio das exportações de automóveis, que cresceram 111,5% em relação ao mesmo período de 2014. Os embarques somaram US$ 46,28 milhões e tiveram a Argentina como principal destino.

Apesar do bom resultado, ainda é cedo para falar em recuperação das exportações do setor. “Provavelmente esse aumento foi provocado pela concentração de embarques em um mês”, afirma Suzuki.

CARNES – Seguindo o comportamento que vem desde o início desse ano, o setor de carnes foi outro destaque em agosto. As exportações de carne de frango in natura cresceram 9,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 196 milhões, e de suíno tiveram incremento de 60,8%, para US$ 13 milhões. “O agronegócio, puxado pela atuação das cooperativas, é, sem dúvida, o diferencial do Paraná nas exportações e por isso o Estado vem contribuindo mais para o superávit nacional”, afirma Suzuki. China, Argentina e Estados Unidos são os principais destinos das exportações paranaenses.

O saldo positivo também foi influenciado pela queda das importações, prejudicadas pela alta do dólar. A entrada de mercadorias teve recuo de 28% no período, para US$ 1,02 bilhão. Puxaram a queda as importações de adubos e fertilizantes, com retração de 40,9%, para US$ 103,12 milhões; máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos diversos, com US$ 43,8 milhões, 40,4% menos do que no mesmo mês de 2014 e autopeças, com queda de 40%, para US$ 78,45 milhões.

TENDÊNCIA – O presidente do Ipardes acredita que o Paraná siga com desempenho similar nos próximos meses e feche o ano com superávit na sua balança comercial. No ano passado, o Estado encerrou o ano com um déficit de US$ 964 milhões. “As commodities terão um papel importante na retomada do superávit do Paraná”, diz. Além disso, o impacto favorável do dólar sobre a exportação de industrializados deve ficar mais evidente a partir de 2016.


Fonte: Governo do Paraná 
Laércio Vieira Pereira, Consultor Em Comércio Exterior

Comércio Exterior no Brasil está em evidência e o mercado é promissor

12 set 15

 

A crise mundial gera um quadro de incerteza econômica, porém, o Brasil está em expansão a cada ano. O governo Chinês anunciou desaceleração para obter o crescimento de maneira sustentável. A crise na Europa e a retração da economia americana não intimidaram o país brasileiro de apresentar bons números diante da crise mundial. O comércio exterior tem crescido e o Brasil é considerado muito competitivo nos produtos de extração mineral e agronegócios.

Em consequência de toda a crise mundial, o Brasil registrou déficit na balança comercial em janeiro deste ano, o que está relacionado ao período de entre safra dos produtos agrícolas. E nessas duas semanas de março de 2012, que totalizaram sete dias úteis, a balança comercial registrou superávit de US$ 260 milhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,517 bilhões e importações de US$ 6,257 bilhões. Os dados foram divulgados pela assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento.

O cenário mostra que o momento para o comércio exterior é favorável no Brasil que tem se tornado mais competitivo mundialmente. O fato é que muitas empresas estão sendo atraídas para investir no país, seja por conta dos grandes eventos agendados, pelas descobertas valiosas como o pré-sal, ou até mesmo pelo aumento no poder de consumo dos brasileiros. A expressão de consumo no mercado interno torna natural mais importação, o poder de compra está maior e novas classes acessadas ao consumo ajudam neste cenário.

O Brasil importa muito bens intermediários, considerados a matéria para as indústrias. E as importações são importantíssimas, pois auxiliam no controle de preço do mercado interno e ajudam a diminuir e/ou manter a inflação, além de favorecer as exportações no Brasil. E, os profissionais que atuam ou almejam atuar na área do comércio exterior, economia, finanças internacionais e câmbio, logística internacional e negócios internacionais, devem correr para acompanhar o mercado.
O mais importante é estar preparado no futuro para não perder as oportunidades, principalmente aqueles que ocupam cargos de gerência, chefia, supervisão ou assistentes plenos das áreas de marketing, produção, logística e finanças em organizações com operações no exterior.

Fonte: http://www.conexao.com
Laércio Vieira Pereira, Consultor Em Comércio Exterior