terça-feira, 19 de junho de 2012

As falhas imperdoáveis para quem lidera


As empresas nunca dependeram tanto da capacidade de gestão e da criação de bons climas organizacionais por seus comandantes. Motivar colaboradores, ter carisma, saber ouvir e dar feedback são características fundamentais para este perfil de funcionário. Mas quais são as atitudes intoleráveis pelas corporações quando o assunto é o comportamento destes profissionais?




A ineficácia e demora na tomada de decisões é um dos principais pontos quando o assunto é falha de líderes. Quem não tem a capacidade de antever e estar à frente das informações de mercado, não consegue atender às empresas na velocidade que precisam. Quanto melhor informado e interado no universo que o cerca, mais rápida e assertiva será a decisão do líder para alcançar resultados. “Quando as empresas definem seus planejamentos estratégicos e suas metas, normalmente altas, passam estas informações a seus líderes. Os profissionais que julgam ser impossível alcançar objetivos e acham qualquer proposta mais ousada inviável acabam se excluindo do mercado, além de contaminar toda a equipe”, alerta Alexandre Prates, especialista em liderança.

Profissionais que possuem a dificuldade de construir relacionamentos perdem espaço e os líderes têm por obrigação desenvolver esta competência. Chefes que não sabem lidar de forma adequada com seus subordinados, consequentemente não criam bons ambientes de trabalho e isso impacta diretamente nos resultados da organização. “Se há um clima ruim internamente, a competição externa se torna mais difícil porque o problema real já está dentro da companhia. Quando o líder é uma pessoa saudável para se relacionar, fica fácil construir um cenário onde as pessoas convivam bem”, aponta Prates.

Em um contexto onde o ambiente colaborativo é cada vez mais difundido, o autoritarismo é uma característica que há tempos não funciona. É o líder que manda e espera a obediência sem explicar o porquê de uma tarefa ou determinado objetivo. Tido como general, prega apenas pela obediência e perde o foco no real compromisso com as metas da organização. “Cria-se também uma espécie de cultura do medo, onde todos tendem a ficar com medo de errar, e isso trava qualquer tipo de criatividade e inovação”, comenta Roberta Yono, consultora da Muttare, consultoria de gestão.

Roberta ainda conta que o gestor que tem como principal foco criar um bom ambiente de trabalho pode se perder, pois, normalmente afilia os colaboradores, os defende, “passa a mão na cabeça” e não estimula os profissionais a evoluírem, pois pensa que estes sempre têm de estar junto a ele. “Este perfil de líder evita conflitos e não se posiciona, tudo com o único propósito de evitar um clima ruim”, diz.

Para evitar erros de contratação, as organizações estão muito atentas nos processos de seleção, para garantir que seus profissionais correspondam às expectativas. Alguns comportamentos intoleráveis nos líderes são muito fáceis de identificar nos recrutamentos. Dependendo da postura, pontos negativos podem ser vistos. “Se o candidato fala que só ele resolveria os problemas da organização, provavelmente é um modelador ou autoritário. Se menciona que faz de tudo para não criar um clima ruim na equipe, é certo que ali está um líder acolhedor, que poderá perder o foco nos reais objetivos da companhia”, exemplifica Roberta.

Já para Alexandre os processos de seleção evoluíram muito no Brasil de uns anos para cá, mas, por melhor que sejam essas dinâmicas, nem sempre é possível identificar na íntegra os defeitos do líder. “O ser humano é movido por valores e por mais que tente identificar comportamentos, a construção da cultural do ambiente de convívio acontece na ação e no dia a dia”, opina.

Muitos profissionais alcançam certo patamar em suas carreiras e imaginam que não devem aprender mais nada. A arrogância é um ponto bastante negativo e o maior problema está relacionado com o conflito com a nova geração de pessoas no mercado, pois é muito participativa e não encara de uma boa maneira a falta troca de ideias. O comandante que modela o colaborador também não é bem visto no mercado de trabalho. É aquele que solicita a resolução dos problemas e atividades do dia a dia do jeito que quer, não necessariamente da melhor forma, limitando a criatividade do subordinado. Roberta Yono afirma que ele breca a motivação do funcionário e traz grandes prejuízos para as corporações.

Autor: Caio Lauer


CAMEX APROVA NOVOS EX-TARIFÁRIOS PARA MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS SEM PRODUÇÃO NACIONAL

Com o objetivo de incentivar a competitividade nas indústrias brasileiras, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou novas concessões e renovações de Ex-tarifários para bens de capital (máquinas e equipamentos industriais) e bens de informática e telecomunicação. As concessões integram a Resolução Camex nº 36 e a Resolução Camex nº 37, publicadas hoje no Diário Oficial da União (DOU).

Os investimentos globais e os investimentos relativos às importações dos equipamentos, vinculados aos Ex-tarifários publicados hoje são, respectivamente, de US$ 2,2 bilhões e US$ 641,1 milhões.

Os principais setores contemplados pelas duas Resoluções Camex, em relação ao valor das importações, foram os de autopeças (14,79%), de madeira e móveis (9,83%), bens de capital (9,18%), naval (8,22%) e siderúrgico (6,69%). Segundo as informações fornecidas pelas empresas, os equipamentos sem produção nacional que terão redução do Imposto de Importação para 2% até 31 de dezembro de 2013 serão comprados, principalmente, da Alemanha (23,7%); dos Estados Unidos (14,5%); da Itália (13,9%); da França (11,4%) e da Finlândia (10,8%).

Entre os projetos beneficiados estão investimentos na extração de pentóxido de vanádio (produto químico utilizado como catalisador, absorvente de raios ultravioleta em vidro e em produtos farmacêuticos); investimentos em serviços de aprimoramento do controle de qualidade dos pneumáticos de veículos de passageiros, caminhões e ônibus; e a implementação de uma nova linha de produção de motores, entre outros.

O que são Ex-tarifários

O regime de Ex-tarifário é um mecanismo de estímulo aos investimentos produtivos no país através da redução temporária do Imposto de Importação de bens de capital, informática e telecomunicação que não são produzidos no Brasil. O objetivo é aumentar a inovação tecnológica por parte de empresas de diferentes segmentos da economia; produzir efeito multiplicador de emprego e renda; ter papel especial no esforço de adequação e melhoria da infraestrutura nacional; estimular os investimentos para o abastecimento do mercado interno de bens de consumo; e contribuir para o aumento da competitividade de bens destinados ao mercado externo, entre outros benefícios.

Cabe ao Comitê de Análise de Ex-tarifários (CAEx), a verificação da inexistência de produção nacional, bem como a análise de mérito dos pedidos da indústria em vista dos objetivos pretendidos e dos investimentos envolvidos.

(Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Guerra Fiscal: Os Caminhos do Acordo



Com a participação de Nelson Jobim, Gilmar Mendes, Ives Gandra Martins, Andrea Calabi, Cláudio Trinchão e René de Sousa Jr.

6 de agosto de 2012

Uma grande distância para o fim da Guerra Fiscal foi percorrida nas últimas semanas. Os termos para um acordo foram definidos pela Comissão de Especialistas do Senado, presidida pelo Ministro Nelson Jobim. Negociações entre os diversos players (secretários de Fazenda estaduais, técnicos do Ministério da Fazenda, lideranças parlamentares, ministros do STF e coordenador do Confaz) do processo avançaram.
Os termos para a convalidação dos contratos e extinção gradual de incentivos fiscais e financeiros concedidos pelos governos estaduais sem convênios do Confaz estão sendo definidos. Eles envolvem grandes mudanças para as empresas que contam com incentivos de ICMS. Este é o momento para acompanhar os termos que estão sendo definidos para o fim da Guerra Fiscal e para planejar a sua estratégia empresarial, preparando ajustes necessários.
A proposta da Comissão de Especialistas que será anunciada em breve envolve alterações significativas na tributação de ICMS no comércio interestadual e na vigência dos contratos que estabelecem incentivos fiscais e financeiros. O acordo envolve passar a cobrança do ICMS para o destino (com alíquota de 4% para os Estados de origem) e estabelecer um fundo de equalização e um fundo de desenvolvimento regional, além de determinar prazo curto de transição para os contratos existentes a serem convalidados, entre outros.
Pela primeira vez o governo Federal e algumas lideranças do Congresso estão empenhados na aprovação do acordo delineado. A sua tramitação e implementação envolvem importantes desafios. Para as empresas, é da maior relevância a questão dos contratos firmados com governos estaduais com contrapartida de investimentos. Em muitos destes contratos, a viabilidade econômica do projeto requeria a concessão de incentivos por prazos, por exemplo, de dez anos, para possibilitar a amortização do investimento. A Comissão de Especialistas do Senado deverá sugerir, entretanto, a extinção gradual dos incentivos no prazo de seis ou doze meses a partir do ato da convalidação pelo Confaz, com possibilidade de condições especiais.
Com a cobrança do ICMS no destino, a fiscalização por outros Estados das empresas envolvidas em comércio interestadual é uma outra questão relevante. O fundo de equiparação do governo federal para os Estados que são exportadores líquidos e que perderão receita tributária, deverá ser criado, assim como o Fundo de Desenvolvimento Regional.
Para chegar a um acordo, diversas questões estão em jogo, tais como a votação do Congresso pelo fim da unanimidade nas decisões do Confaz e a adoção pelo STF da súmula vinculante sobre a declaração de inconstitucionalidade dos programas estaduais de incentivos ficais e financeiros sem convênios do Confaz.
Participe deste importante Seminário InterNews que reúne o Ministro Nelson Jobim, o Ministro Gilmar Mendes, o Secretário Andrea Calabi, o jurista Ives Gandra Martins, o coordenador do Confaz, Cláudio Trinchão, e o representante do Ministério da Fazenda, René de Sousa Jr. Veja como o acordo pelo fim da Guerra Fiscal está sendo delineado. Saiba como deverá ser a sua tramitação no Congresso. Avalie como ele será implementado pelo Confaz. Compreenda como deverá ser a convalidação dos contratos de incentivos fiscais e financeiros, que envolvem a amortização de investimentos. Saiba como preparar a sua empresa para importantes mudanças tributárias.
Fonte: Internews

domingo, 3 de junho de 2012

Maio teve o maior superávit do ano



Brasília (1° de junho) – As exportações brasileiras tiveram recorde para os meses de maio em 2012, alcançando o valor de US$ 23,215 bilhões, que é superior às vendas de US$ 23,209 bilhões no mesmo mês do ano passado. Para as importações, houve também recorde para o mês (US$ 20,3 bilhões), que superaram as compras de US$ 19,7 bilhões de maio de 2011. O valor da corrente de comércio para o mês é o maior da série histórica (US$ 43,5 bilhões), ultrapassando o registrado em maio do ano passado (US$ 42,9 bilhões). O mês de maio de 2012 se destacou ainda por apresentar o maior superávit de ano (US$ 2,9 bilhões), com valor acima do verificado em março (US$ 2 bilhões). 
No acumulado do ano (de janeiro a maio), as exportações registram valor recorde (US$ 97,9 bilhões), com crescimento de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O mesmo aconteceu em relação às importações (US$ 91,6 bilhões) e a corrente de comércio (US$ 189,5 bilhões). O saldo comercial, nos primeiros cinco meses do ano, está em US$ 6,3 bilhões, com retração de 26,5% no comparativo com o ano passado (US$ 8,5 bilhões).
Em entrevista coletiva na tarde de hoje para analisar os dados da balança comercial, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, afirmou que o crescimento das exportações brasileiras, nos primeiros cinco meses de 2012 (3,4%), está dentro da meta anunciada para o ano, de exportações totais de US$ 264 bilhões, com aumento de 3,1% em relação às vendas do ano passado.
“Nós teremos crescimento das exportações e teremos superávit. É isso que a gente vai buscar atingir. No segundo semestre deste ano, nós esperamos também um desempenho melhor das exportações brasileiras, mas é preciso acompanhar para saber se a crise internacional não vai se agravar”, disse Teixeira.  
Sobre os resultados das exportações brasileiras, a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres, também presente à entrevista coletiva, destacou que “neste ano, os preços das commodities não estão exercendo a influência que exerceram no ano passado”. Ela explicou que “agora, o desempenho das exportações brasileiras é resultado da expansão da venda de produtos manufaturados”.
Em comparação com o período de janeiro a abril de 2011, as vendas de produtos manufaturados tiveram aumento de 3,2%, enquanto que as de produtos básicos tiveram crescimento de apenas 0,8% e as de semimanufaturados, redução de 2,5%.  
Mercados
Os principais países de destino das exportações brasileiras, nos cinco primeiros meses do ano, foram: China (US$ 17,2 bilhões), Estados Unidos (US$ 11,8 bilhões), Argentina (US$ 7,5 bilhões), Países Baixos (US$ 5,9 bilhões) e Alemanha (US$ 3,1 bilhões).
Em relação aos mercados de origem das importações, no período, destacaram-se: China (US$ 13,4 bilhões), Estados Unidos (US$ 13,4 bilhões), Argentina (US$ 6,3 bilhões), Alemanha (US$ 6,1 bilhões) e Coréia do Sul (US$ 3,8 bilhões).
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Proposta unifica legislação sobre comércio exterior


A Câmara analisa o Projeto de Lei Complementar (PLP) 115/11, do deputado Beto Mansur (PP-SP), que  institui a Lei Geral do Comércio Exterior, unificando a legislação sobre exportação.
A proposta determina que o governo federal revise e atualize os decretos que definem, orientam e regulam as atividades de comércio exterior, com o objetivo de desburocratizar e tornar mais eficientes as relações comerciais entre o Brasil e outros países.

O texto também prevê a criação do Programa Brasileiro de Promoção Comercial, uma parceria entre o governo e as entidades privadas representativas da indústria, do comércio, da agricultura, dos transportes e do sistema financeiro. Esse programa servirá para reorganizar a política de promoção comercial e propor a transferência de medidas de promoção para a iniciativa privada.
Objetivos
Pela proposta, a política de exportação brasileira terá como objetivos o estímulo ao crescimento da produção nacional, a criação de empregos, a melhoria da qualidade dos produtos pela maior absorção de tecnologias e a expansão das exportações pela diversificação das vendas externas.
Já as importações deverão levar em conta os compromissos firmados pelo País no âmbito internacional e o disposto no Código Aduaneiro do Mercosul, com o objetivo de proteger a economia de práticas desleais, estimular o aumento da produção e a absorção de avanços tecnológicos, aumentar a oferta interna de mercadorias e de serviços, e apoiar a modernização dos bens e dos serviços nacionais exportados.
Normas
Nos 98 artigos, a proposta trata da cobrança de impostos nas operações de exportação e importação, de regras alfandegárias, de medidas de combate à concorrência desleal, do credenciamento das empresas importadoras e exportadoras, entre outros pontos.
O texto também delega ao governo federal a regulamentação de diversos pontos do projeto, como a criação do cadastro de empresas, a moeda em que serão realizadas as operações de compra e venda entre países e as normas para contratos de arrendamento mercantil.
Segundo o autor, a lei geral do comércio exterior vai consolidar apenas o essencial da legislação sobre o tema. Já a legislação específica de áreas “de maior sensibilidade” será consolidada posteriormente, na forma de decreto do governo federal.
Beto Mansur reapresentou o texto de projeto do ex-deputado Julio Redecker (falecido em 2007). A proposta (PLP 98/00, arquivado ao final da legislatura passada) chegou a ser objeto de uma comissão especial, que foi encerrada sem a votação do relatório. “O tema continua atual, carente de uma regulamentação”, justifica Mansur.
Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Posteriormente, será votada pelo Plenário.